Cap 6 "O tempo passou, a vida mudou.."

Recaí quando te vi
E a paixão veio à tona
Fui a nocaute, beijei a lona
O meu corpo tremeu
O tempo passou, a vida mudou
Mas eu continuo seu
-Jorge e Mateus - Nocaute-
  
~Neymar POV~

Acordei com o barulho infernal do meu celular tocando em todos os lugares, principalmente na minha cabeça. Estava escuro e aquele não era meu quarto nem o hotel, forcei minha visão e vi a luz do meu celular piscando no bolso da calça que tava jogada no chão. Um par de mãos me rodeavam e tinham cabelos loiros espalhados pelo meu peito, pisquei atônico algumas vezes implorando para que aquele barulho cessasse. O celular se calou por alguns segundo até começar a gritar de novo, que pessoa insistente, resmunguei e consegui levantar atendendo ele assim que eu consegui sair do quarto.
- Alô -atendi com a voz falha e rouca-
- Onde você tá?!
Olhei no visor só celular pra ter certeza se era o filha da puta do Gil
- É o que eu também gostaria de saber Gilmar -falei com meu típico mal humor-
- Você deixou a gente na boate sem carro mano! -pelo tom da sua voz ele estava bravo- Porra Júnior avisasse
Desliguei na cara dele porque não tava afim de ouvir reclamações, voltei pro quarto e a loira gata estava enrolada nos lençóis, peguei minha calça no chão e comecei a me vestir
- Já vai embora ? -ela disse levantando da cama e eu me apressei em pegar minhas coisas pra ir logo embora-
- Já -respondi seco até porque eu não devo satisfações pra ela-
- Se você ficasse talvez eu poderia te fazer uma massagem ou sei lá -ela deu de ombros com aquele sorrisinho malicioso dançando nos seus lábios-
- Proposta tentadora, mas eu tenho que ir -peguei minha jaqueta em cima da poltrona e ponhei meu boné e já fui saindo do quarto-
- Eí gato, espera -ouvi ela vindo correndo atrás de mim. Olhei pelo corredor e segui em direção da escada sem dar atenção pro que ela disse- Quanta pressa -ela me alcançou e abriu a porta da sala pra mim, me entregou um papel com o telefone e o nome dela- Se quiser me ligar .. -ela sorriu abertamente enquanto eu pegava o papel e enfiava no bolso-
- Talvez -dei de ombros ignorando sua expressão incrédula no rosto e dei as costas saindo do apartamento dela deixando uma loira gostosa e brava para trás. Segui pro estacionamento onde liguei o alarme e encontrei o carro, então liguei o som e fui pro hotel.

- Sério, eu quero te matar -Gil disse assim que eu entrei no quarto, o Gui já babava na outra cama, revirei os olhos e respirei fundo tentando não me estressar-
- Aê, foi mal mas eu precisei sair -falei já de saco cheio disso e me joguei na cama-
- Sair pra comer uma garota ?! -Gil franziu a sobrancelha me repreendendo e eu quase ri-
- É! Algum problema ?
- Todos ! -revirei os olhos rindo e ele ficou mais furioso-
- Boa Noite ! -falei indo pro banheiro deixando ele bravo no quarto, quem tá precisando de aliviar e comer alguém é ele, não tinha motivo de se irritar por causa de uma coisa tão boba-

~Mel POV~

Maldita claridade, maldita claridade, maldita, maldita.!
Quem foi o filho da puta vagabundo que ligou o som na maior das alturas a essa hora da manhã?
Depois de um tempo me remexendo na cama percebi que esse barulho vinha do meu celular tocando em algum canto do meu quarto, então em vez de amaldiçoar a suposta pessoa que tivesse ligado o som passei a amaldiçoar a pessoa que estava me ligando. Ta legal, pessoa irritante que não desliga, já acordei pra falar com você. Abri meus olhos e levantei contra minha vontade com toda aquela luz queimando meus olhos, peguei meu celular que tava no meio de umas almofadas no chão e atendi sem olhar na tela
- O que você quer? -saudei com meu mal humor matinal-
- Parece que alguém acordou de ressaca -Caio me zuou e eu queria espanca-lo por ter me acordado-
- Querido, eu espero que você não tenha me acordado a essa hora pra encher meu saco, caso contrário vou desligar na sua cara -sorri irônica fechando as cortinas e me jogando de novo na cama-
- Calma -ele riu e eu queria jogar uma pedra na cara dele- eu só liguei pra avisar que tive que sair cedo da sua casa pra vir pro trabalho e perguntar se você tava bem, porque ontem você passou dos limites
- Aah qual é, eu só bebi demais
- Demais ?! Não conhecia esse seu lado não
- Ta, ta.. Mais alguma coisa?
- Eii calma aí -ele riu me deixando sem graça de ser tão chata com ele- Você ta bem?
- Na medida do possível, tirando a dor de cabeça e estômago meio enjoado
- Okay, olha, te vejo anoite. Vou voltar pro trabalho. Beijos Mel, tchau
- Okay, tchau beijos
E desliguei o telefone arremessando ele do outro lado da cama, fiquei olhando pro teto e lembrando da noite anterior, ri sozinha de algumas coisas que eu fiz. Só então resolvi levantar sentindo minha cabeça rodar toda, olhei pro relógio e já se passavam das onze. Eu ainda estava com o vestido de ontem, o cabelo uma bucha e a maquiagem borrada. O que eu mais precisava agora, era um banho gelado.

Depois de preparar um café bem reforçado decidi buscar o Matheus a pé, já que a casa do Caio não era muito longe da minha casa. Deixei as coisas do café arrumadas na mesa pra quando a Taís levantasse. Juntei minha coragem, pus um tênis e fui caminhando até a casa do Caio pra pegar meu pequeno. Aquele sol de meio dia em Barça estava acabando com a minha cabeça e meu corpo todo estava dolorido e clamavam para que eu parasse e deitasse e dormisse, eu desejava dormir a tarde toda e pedia para a Bete me ligar falando que eu não precisava ir trabalhar hoje, mas infelizmente isso não aconteceu..

~Neymar POV~

Depois de uma tarde exaustiva e tediosa passando as ultimas horas da minha tarde em Barcelona trancafiado em um estúdio quente que a cada meia hora tinham que arrumar meu cabelo e minha maquiagem, pois é, me fizeram passar maquiagem pra tirar minhas espinhas e manchas, eu só queria me jogar em uma cama e dormir, sem contar que eu gastei todas as minhas energias tentando esconder meu mau humor da ressaca, porque se eu perco esse patrocínio meu pai me mata e se eles descobrirem que eu passei a noite anterior bebendo e fazendo umas coisinhas a mais eu morro também. Quando finalizaram tudo lá e me dispensaram já era inicio de noite, eu estava morrendo de fome e como o hotel era meio longe de onde eu estava, resolvi passar no mercado comprar algumas coisas pra comer. Mal estacionei o carro e meu celular tocou, xinguei mentalmente quem estava me ligando justo quando eu estou ocupado, olhei na tela, era o Gui, atendi
- Fala .. -disse entrando no mercado meio perdido-
- Onde você ta?! 
- No mercado, acabei de sair daquela parada -suspirei pegando um carrinho pequeno e indo procurar a fileira de doces-
- E porque não veio pro hotel?
- Porque eu to com fome, já apareço aí
- Ta, e trás doritos ! -ele quase gritou do outro lado da linha e eu ri desligando e guardando o telefone no bolço, ainda procurando a fileira de doces e me perguntando porque eles escondem essas coisas, mas por fim achei uma plaquinha que indicava que a próxima fileira era de bolachas e chocolate, soltei um suspiro e finalmente virei na fileira. Paralisei. Meus olhos se arregalaram e eu não acreditava no que estava vendo.
- Chega Matheus -ela estava agachada e disse pro menino que estava do seu lado pegando um pacote de bolacha, quando ela levantou e me viu eu tive certeza de quem era, Melissa soltou um grito de susto e deixou cair as coisas que estavam na sua mão, o menino olhava confuso e tentava intender o que estava acontecendo, ela estava assustada e posso dizer que até com medo, me olhava como se eu fosse um monstro, eu não sabia o que fazer, sentia raiva mas ao mesmo tempo eu queria abraça-la, saber se ela estava bem. Eu não acreditava que era ela, estava esperando entrar alguém do nada e dizer que era uma pegadinha ou esperava que aquele era o momento que eu acordava de um sonho.
- Mãe, o que foi? -o menino perguntou olhando pra ela que com uma mão empurrou ele atrás do seu corpo, num ato de proteção. Mãe?! Ele chamou ela de mãe? Então ela deve ter família aqui. Engoli em seco tentando formular alguma pergunta, ela se abaixou pra pegar as coisas que ela havia deixado cair e eu me aproximei, não ia deixar ela ir embora sem me explicar isso tudo, não de novo.
- Melissa ?! -sussurrei assim que cheguei perto dela e me agachei na sua frente encarando ela, seus olhos estavam prestes a transbordar e ela tremia- Mel, eu não acredito -levantei e ela me acompanhou em seguida limpando duas lagrimas que haviam caído-
- Mãe, quem ele é? -o menino saiu de trás dela e se aproximou de mim curioso-
- Fica longe Matheus ! -ela o repreendeu sem olhar pra ele-
- Seu filho ? -essas palavras me feriram, perguntei áspero esperando que a resposta fosse não-
- É -ela assentiu e uma onda de raiva me dominou por não aceitar tudo isso, por tudo ser novo e eu não esperava e nem imaginava que assim seria nosso reencontro- Vamos Matheus -ela pegou a mão do menino e se virou em direção a outra fileira-
- Não, espera ! -antes que ela pudesse sumir de novo, num súbito de coragem segurei seu braço mesmo sem saber o que fazer depois ou dizer, ela olhou assustada- A gente precisa conversar 
- Eu não tenho nada pra falar -disse convicta-
- Você sabe que me deve explicações -meus olhos estavam em chamas-
- Eu não te devo satisfações ! -ela puxou o braço com força e eu soltei-
- Escuta aqui Mel, eu procurei durante longos anos por alguém que sumiu sem deixar rastro ou se quer um papel dizendo Adeus, agora que eu te achei eu só quero saber porque você sumiu -eu estava lívido de raiva e ela não se intimidou com isso-
- Você não tem que saber -ela aproveitou que tinha entrado um segurança no nosso corredor e saiu puxando o menino, o segurança me olhou sério e eu dei um sorriso sem graça tentando disfarçar. 
Deixei tudo no mercado e fui pro carro esperar pensando em um plano de segui-la. Liguei o carro assim que vi ela saindo do mercado olhando pra todos os lados assustada, ela foi caminhando apressada e eu fui com o carro bem atrás pra ela não desconfiar, até que chegou num beco que não passava o carro então deixei ele estacionado e corri pra ver se não perdia ela de vista, estava meio escuro e tinha uns caras fumando no fundo do beco, ela atravessou indo pra uma rua pouco movimentada. Me escondi atrás de um poste quando ela parou em frente a uma casa simples, olhou pros lados enquanto o menino abria o portão e entraram rapidamente. Esperei uns minutos olhando de longe na janela pra ver se acontecia alguma coisa, mas não via nada, tudo estava escuro e a curiosidade me consumia, eu tinha tantas perguntas e principalmente a curiosidade de saber porque ela correu de mim e o que ela escondia. Com a adrenalina pulsando nas minhas veias e a coragem repentina, avancei pela casa e tentei abrir o portão sem sucesso por estar trancado, bufei, não sabia o que fazer, se eu chamasse ela não iria vir até aqui, mas eu também não posso invadir a casa dos outros. Escorei no muro sentado no chão, me aninhei com a cabeça entre os joelhos e tentando pensar em uma solução.
- Ta bom Taís, tchau ! -ouvi ela saindo fechando a porta, eu levantei num salto assim que ela abriu o portão-
- Vai falar comigo agora ? -disse no seu ouvido quando ela estava de costas fechando o portão, ela se sobressaltou e virou rapidamente ficando de frente pra mim-
- Saí -ela sibilou nervosa e eu neguei-
- Não até você me explicar essa história -disse firme encurralando ela no muro-
- Eu vou gritar -avisou séria, essa eu pago pra ver-
- Grita ! -desafiei e ela pareceu não gostar nada disso e bufou- Ora, vamos Mel ! Grite de uma vez ! -todo meu nervosismo saiu num riso irônico, eu apoiei minhas mão em cada lado do corpo dela e mantive o olhar fixo-
- Então pergunta ! Pergunta o que você quer saber ! Ou ta esperando eu te chama pra ir tomar um chá?! -ela disse arrogante cuspindo fogo-
- Quer saber?! -disse firme com todo minha raiva saindo- Vai se fuder ! -sibilei sentindo o ódio me consumir e deixei ela pra trás mesmo que meu coração pedisse desesperado pra mim voltar, já me humilhei demais por hoje, ela ta bem, ta pouco se fudendo pra mim, até filho ela arranjou. Se ela não foi atrás de mim eu que não vou mais atrás dela.

[...]

Pra variar acordei com uma puta de uma dor de cabeça. Dessa vez eu estava no quarto do hotel, bom, era o que parecia. Levantei e senti meu corpo todo reprovar meu ato. Ainda estava lívido de raiva e queria ir lá na casa dela e arrancar toda a verdade de uma vez. Durante a noite eu pensei muito nisso chegando a conclusão nenhuma. Nós éramos tão felizes e de um dia pro outro ela sumiu e depois de mais ou menos quatro anos eu encontro ela com família e filho. Era isso, ela deve ter fugido com alguém. Ela me deixou pra vir atrás de alguém e agora tinha uma família aqui. E eu acreditava no amor dela, como eu pude ser tão idiota? E ainda por cima procurei ela e fiz papel de troxa. Mas eu preciso ouvir isso da boca dela, quero ver ela explicar tudo isso.
Sem perceber eu estava com o carro estacionado em frente a casa dela, era domingo cedo e tudo estava fechado, percebi que sou um completa idiota e eu me daria um soco na cara por estar alí depois de prometer a mim mesmo que iria esquecer ela de vez. Por que eu estava ali? Por que eu fiz isso? Por que eu vim atrás dela de novo? Não sei, mas quando dei por mim já estava na frente do portão dela com uma vontade louca de chama-la. Senti minhas pernas tremerem feitos galhos apodrecidos e admito que meu coração parou por alguns segundos quando ouvi a porta se abrir..

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Oiii's gente linda, como estão?! 

Espero que tenham gostado desse reencontro logo logo tem mais
A Mel ta merecendo um sacode, essa menina tem cabeça dura kkk'
Se preparem para mais fortes emoções 

Danii: Então gata, esse serzinho merece uns bons tapas kkk' Bjus lindona 
Lavi: Nem me fale gata kkk' Minha net também não ta ajudando aqui :/ Isso aí, bjuus gatinha
Jub's: Logo logo vai ter o 'encontro' deles kkk' bejsss
Bru: Olha amor, demorar não vai muito não kkk' Pode deixar que eu vou preparar um bem foda kk' bjs