sábado, 4 de junho de 2016

Capítulo 30 "Um cenário no mínimo estranho"



Sem sinal de celular
Sem ninguém pra atrapalhar
Só nós dois de ser humano
Ai que vontade que dá
De ficar aqui só o restinho desse ano

Jorge e Mateus - Cenário Ideal
Mel POV


- Amor da vovó! -Nadine abraçou o Matheus assim que entramos na casa, ela estava sentada no sofá enorme da sala com seus óculos de grau na ponta do nariz e alguns papéis que devia estar lendo mas deixou-os na mesinha do centro para pegar o neto- Mel! Quanto tempo -sorri um pouco constrangida e fui ao seu encontro, nos cumprimentamos com um abraço e ela me fez sentar no sofá para conversar. Rafaela surgiu da cozinha e o Matheus correu pros braços da tia que já saiu para brincar com meu pequeno e nem se quer olhou na minha cara- Não liga pra ela, um dia isso passa -assenti e ela me abraçou novamente animada- Aah! Juninho, seu pai ligou, ele quer falar com você -ele assentiu mexendo no celular freneticamente-
- Já volto -disse subindo as escadas correndo-
- E vocês dois? -Nadine perguntou já não se aguentando, sorri envergonhada sem saber o que responder- Juninho anda rindo pelos cantos da casa que eu já percebi -sorriu largamente-
- Não tia.. A gente ta se acertando, só tentando manter uma amizade, é melhor pro Matheus ter os pais mais unidos -expliquei desconfortável-
- Sei.. O Matheus -piscou pra mim- Vocês não me enganam, da pra ver no olho de vocês. Depois que o Ju descobriu que a Bruna estava grávida nunca mais tinha visto ele tão alegre, e olha só -riu me abraçando de lado- Eu acredito que vocês vão dar certo. -Nadine dizia convicta o que me dava um pouco mais de segurança, pelo menos tínhamos alguém ao nosso favor-
- Acho que eu também -murmurei vendo seu sorriso alargar-
- Ele me contou que vocês conversaram, fiquei feliz de finalmente estarem se acertando, aliás eu não via a hora de vocês se acertarem, ele vivia falando toda hora "A Melissa é maluca", "A Melissa é isso", "A Melissa aquilo", e eu sabia que isso era paixão -bateu o indicador na ponta do meu nariz-
- Calma dona Nadine -disse rindo- Só somos amigos
- Por enquanto -piscou pra mim sorrindo-
- Dona Nadine pode parar de falar na cabeça da Melissa -Ney disse descendo as escadas- Aposto que deve ter te pressionado um monte igual fez comigo -cerrou os olhos pra mãe e se jogou no sofá do meu lado-
- Cala a boca menino -brincou batendo nas pernas dele- Vou lá ver meu neto -Nadine jogou beijos e subiu, eu queria enfiar a minha cabeça num buraco-


Neymar POV

- Queridos -minha mãe disse descendo as escadas acompanhada da Rafaela atrás e o Matheus que pulava os degraus com um de meus bonecos na mão. Eu estava mostrando as fotos da casa que provavelmente eu vou comprar lá em Barcelona para a Melissa e explicando pra ela sobre a contratação, liguei pro meu pai a pouco e tudo já estava certo, já tinham até a data da minha apresentação, mas não tinham confirmado ainda, ela estava ansiosa tanto quanto eu e observava cada detalhe-
- Vamos no shopping -Matheus disse animado, levantei do chão onde estávamos e ajudei a Mel-
- Seu pai vai nos encontrar lá -Nadine avisou- Vocês vão ficar sozinhos -piscou pra mim de um jeito nada discreto e eu fechei a cara, minha mãe estava entendendo tudo errado- Provavelmente vamos jantar por lá mesmo okay?!
- Menos mãe -murmurei e ela assentiu como se estivesse tudo bem-
- Vamos logo mãe? -Rafaela disse já na porta com o Matheus-
- Vamos -respondeu sorrindo e deixou um beijo na minha bochecha indo até a Mel e se despedindo em seguida-
- Matheus -Mel chamou e ele entrou olhando-a- Não vai falar tchau pra mim? -ele olhou pra mim e foi até a Mel para dar um abraço e depois me abraçou também-
- Cuidado, caso alguma coisa liga -avisei-
- Junior eu acho que vou pra casa -Melissa falou olhando as horas no celular e minha mãe parou na porta com a mão na maçaneta-
- Não querida, fica mais um pouco! -Nadine insistiu e eu fuzilei com os olhos- indo! -jogou beijos no ar e fechou a porta, respirei aliviado, minha mãe era a rainha das indiretas e deixava qualquer um constrangido com suas palavras diretas-
- Quer tomar alguma coisa? -perguntei para quebrar o silêncio que se instalou, Mel negou inquieta então fui pra cozinha na esperança de que ela desistiria de ir pra casa, afinal, nem era tão tarde, estava começando anoitecer- Por que ta calada? -disse um pouco alto para que ela ouvisse mas me surpreendi ao vê-la atrás de mim-
- Não calada
- Ta bom Melissa -revirei os olhos e abri a geladeira pra pegar uma garrafa de Heineken, ofereci pra ela que puxou da minha mão, sorri e peguei outra pra mim, abri e tomei um gole em seguida- Quer comer alguma coisa?
- Não, valeu -peguei um Doritos no armário e mostrei pra ela, era o seu preferido-
- Não vou te dar nenhum também -sorri vendo o bico que ela fez-
- Não quero mesmo -disse cruzando os braços na altura do peito, dei a volta na mesa chegando perto dela e puxei-a com meu braço no seu ombro indo para sala enquanto ela continuava com a pose de durona-

Deixei minha breja na mesinha do centro e peguei o controle lingando a TV e sentando no sofá do lado da Mel, não tinha nada interessante passando então deixei num filme de comédia que eu já tinha visto algumas vezes e tinha umas gostosas que deixava o filme um pouco mais interessante.
Deitei no sofá encostando minha cabeça nas coxas da Mel que estava muito pensativa. Pelo que eu conheço seus pensamentos deviam estar a mil, ela passou por uma barra pesada hoje e está aguentando tudo como se não tivesse acontecido nada, ela é muito forte, sempre suportou os problemas da família dela em silêncio, aturou aquele cara sempre criticando ela e tentando a afastar de tudo. E a mãe nunca a defendeu. 
Num impulso peguei sua mão que repousava em meu peito e dei um beijo, ela sorriu me olhando com o cenho franzido. Acho que foi um jeito de dizer que tudo vai ficar bem, que eu estava ali e não iria a largar, não mais.

Mel POV

- Vai ficar tudo bem -Junior disse ainda segurando minha mão enquanto eu me distraia enrolando seus cabelos nos meus dedos- 
- Já está tudo bem -sorri- Eu não estou triste por ele não ser meu pai sabe?! Estou mais chateada por ter sido enganada todo esse tempo
- Amanhã você vai e conversa com a sua mãe, ela deve ter uma explicação
- Com certeza ela tem, mas não tem como explicar que no momento que eu mais precisei dela, ela não me ajudou
- Você sabe que não vai ser fácil né?! -assenti- A essa hora seu p.. -parou balançando a cabeça- o Marcos, deve ter falado pra ela que você foi lá e falou um monte pra ele
- Ele sempre tem uma desculpa pronta na ponta da língua -bufei- Mas chega desse assunto, não quero pensar mais nisso
- Eu posso ser uma ótima distração -disse carregado de malícia, gargalhei-
- Claro que pode -pisquei e roubei um Doritos dele enfiando logo na boca-
- Sua ladra -disse puxando o pacote e colocando no chão longe do meu alcance-
- Larga de ser egoísta! -disse me esticando sobre ele para tentar pegar o pacote e ficamos nessa guerrinha até que desistimos e resolvemos assistir ao filme, que cá entre nós era uma porcaria, eu já não sou muito fã de filmes de comédia e esse com certeza era o pior, mas tudo bem, tentei assistir-
Era tão estranho estar ali com o Junior, sem brigas, insultos, discussões; somente nós dois, como nos velhos tempos, nós contra o mundo como sempre foi.
Naquele momento não existia mais problemas, dificuldades. Pelo menos ali não pareciam tão ruins, deve ter algo haver com a paz que ele me trazia, a segurança, aquele lance de "porto-seguro". Neymar me dava isso, o mundo poderia estar caindo mas eu não tava nem aí, e naquele momento parecia que o que tudo o que tinha acontecido não era nada, porque eu sabia que tudo estava bem e nada importava.



- Eu falei que o filme era bom -ele disse me olhando e rindo, franzi o cenho sem entender no inicio mas só então percebi que estava rindo, mas não tinha nada a ver com o filme-
- Não rindo desse filme idiota -respondi pegando mais chips, ele pareceu se ofender-
- Não é idiota -murmurou se fazendo de bravo-
- Ata! Só tem teta nesse filme! -ele gargalhou e assentiu como se isso fizesse o filme ser ótimo, digno de Oscar, revirei meus olhos e continuei comendo-
- Então por que ta rindo oh gracinha?
- Olha pra gente -dei de ombros, parecia obvio pra mim mas ele pareceu não entender, apontei pra nós dois- Estamos juntos já há algumas horas e não brigamos, não xingamos, estamos vendo filme no mesmo metro quadrado sem um insulto, é no mínimo estranho -dei de ombros novamente e ele riu analisando o que eu havia dito-
- Verdade -disse rindo- Quer brigar? A gente resolve isso agora -disse sentando e tentando fazer cara de bravo mas eu gargalhei- Ri enquanto eu bravo mesmo, você não sabe o perigo que é me deixar bravo menina -ameaçou se aproximando e me puxou com as mãos na minha nuca me dando um selinho um tanto bruto, eu ria da sua tentativa de ficar bravo- Dá risada -ele não aguentou ficar sério e sorriu me roubando outro selinho, coloquei minhas mão na sua nuca impedindo-o de se afastar e abri meus lábios com urgência, buscando sua boca sem pudor, ele correspondeu rapidamente levando suas mãos na minha cintura e apertando ali, sorri mordendo seu lábio inferior e puxando, ele estava com os olhos fechados e foi abrindo lentamente enquanto eu me soltava e voltava a sentar cruzando minhas pernas igual índio e colocando o pacote de chips no meio-
- Na melhor parte? -perguntou me olhando desapontado, sorri e apontei pra TV-
- Eu quero ver o filme -me justifiquei-
- Você nem gostou -afirmou levantando e parou na minha frente-
- Mas eu quero ver -gargalhei e ele negou sorrindo, pegou meus braços e me puxou pra frente me fazendo levantar quase derrubando o Fandangos. Num pulo ele deitou ocupando o sofá todo- Sai daí! -tentei puxa-lo mas era impossível, esse garoto tinha engordado, não adiantava a força que eu fazia ele nem se mexia. Junior foi mais esperto, quando eu parei para respirar ele me puxou me fazendo cair em cima dele- Ai!! -exclamei tentando levantar e sentando no sofá- Você é muito bruto Junior! Porra! -reclamei colocando a mão na minha costela que bateu em algum lugar e estava latejando-
- Não precisa fazer bico -disse manso colocando suas mãos na minha cintura e acariciando- Desculpa -disse beijando minha costela por cima da blusa, meus músculos se contraíram, eu tinha cosquinha- Deita aqui comigo -bateu a mão no pequeno espaço do sofá-
Deitei ainda emburrada, tava um pouco apertado mas coube perfeitamente nós dois, Junior escorou sua cabeça no meu pescoço, jogou uma perna em cima de mim me deixando presa e quase sumindo embaixo dele, era uma conchinha meio desengonçada mas ficamos ali juntinhos, ele de boa e eu quase não conseguia respirar, vendo as tetas na televisão. Um verdadeiro romance.


Estava abafado, eu tentava me mexer mas estava presa. Puxei o ar com força e abri meus olhos assustada. Estava tudo escuro e demorou alguns segundo para que eu pudesse me acostumar e lembrar onde estava.
Junior tinhas os braços jogados em cima de mim o que impedia meus movimentos e dormia profundamente, devia ter desligado a TV em algum momento.
Com esforço alcancei seu celular na mesinha, já se passava das dez e não havia sinal de mais ninguém na casa.
Meu corpo estava dolorido, precisava levantar então aos poucos fui me desvencilhando dele, levantei com cuidado, ele se mexeu um pouco virando de costas me proporcionando uma visão privilegiada de seu dorso nu, de seus músculos aparentes que eu tive que conter a vontade de contorna-los cada um com meus dedos, ele continuava a dormir tranquilo desconhecendo meus pensamentos impuros.
Fui pra cozinha afim de tomar uma boa água, demorei um tempo para encontrar um copo, não sei qual a necessidade de tanto armário, peguei água da torneira mesmo e bebi em um gole só me sentindo um pouco melhor.
- Também quero -disse uma voz me assustando, apertei o copo firme em minha mão e virei na direção-
- Quer me matar de susto -respirei aliviada pondo a mão no meu coração que tinha disparado-
- Não foi a intenção -disse rindo e tomou o copo da minha mão indo até a geladeira e novamente me dando as costas, se ele soubesse..- Ta chovendo? -perguntou com as sobrancelhas franzidas e deu um longo gole na sua água, olhei através da janela para o seu quintal e realmente estava chuviscando bem leve, grunhi decepcionada-
- Preciso ir pra casa -murmurei, se essa chuva piorasse eu estava ferrada, ainda tinha intenção de pegar um busão ou ligaria pro Lucas vir me buscar, mas odeio depender dos outros-
- Nem pensar -disse rindo- Você vai ficar
- Nem pensar -discordei imediatamente, ele só podia estar maluco- A gente pode ter dado um passo enorme mas você continua noivo e vai se casar e isso não é certo -ele revirou os olhos- Eu falando sério -bufei-
- Eu sei mas não precisava lembrar disso -se aproximou me puxando e me virando de costas enlaçando seus braços ao meu redor, me encaixei no seu abraço e ele encostou seu queixo no topo da minha cabeça, sorri, era bem perceptível essa nossa diferença de tamanho- Hoje, quando o Matheus me ligou eu estava provando uns ternos -disse receoso e eu o olhei por cima do ombro-
- Já escolheu? -perguntei tentando esconder a decepção ele cerrou os olhos-
- Eu lá ligo pra isso?!
- E desde quando você não liga pra roupa? -cruzei meus braços ficando de frente pra ele que continuou com suas mãos na minha cintura- Você é vaidoso, metido e exibido -ele abriu a boca num O parecendo ofendido-
- Não sou não -protestou e foi a minha vez de revirar os olhos- Por mim eu casaria de moletom e olha lá..
- Achei que nem queria se casar -provoquei-
- Mas você ta abusada hen?! -disse aproximando nossos corpos, fiquei na ponta do pé para conseguir alcançar seus lábios e iniciei um beijo leve sentindo-o aos poucos e ele correspondeu um pouco mais agressivo e aos poucos foi tomando outro rumo, mais apressado, urgente. Júnior sugava meus lábios e me apertava contra seu corpo, desci minhas mãos pelas suas costas desnuda satisfazendo minha vontade anterior, mas ainda não por completa, arranhei de leve subindo para o seu pescoço, ele murmurou algo que não pude entender e deslisou suas mão até a minha bunda, agarrando e me impulsionando pra cima, enlacei minhas pernas em volta da sua cintura e pude sentir sua excitação ainda crescente. Neymar me empurrou contra uma bancada afastando algumas coisas que tinha em cima, levou seus mãos para minhas coxas acariciando e subiu até a barra da minha camiseta, seus olhos estavam escuros, seu lábio inchado e vermelho, nossas respirações ofegantes, elevei minhas mãos até seu abdome contornando seus músculos até o peito e tentando conter minha vontade de lamber cada um, ele avançou sobre mim tomando meus lábios e invadindo novamente minha boca, nossas línguas pareciam brigar por espaço, dançavam de um jeito inadequado num ritmo que só nós tínhamos. Quando suas mãos subiram para tirar minha camiseta a porta se abriu revelando algumas vozes eufóricas. Nos separamos imediatamente assutados, a respiração irregular, os olhares apavorados- Caralho! -disse batendo as mãos na bancada-

***************
CHAMA O BOMBEIRO MEU POVO!!

MAS GENTEE.. 
COMO ASSIM DOIS CAPÍTULOS EM UMA SEMANA?

E QUE REVIRAVOLTA EM MELMAR É ESSA??
Estava inspirada essa semana e também de folga
Não se acostumem porque semana que vem não vai ter capítulo
Tenho que pegar firme nos estudos mas posto assim que der
Vai que me dá uma loucura igual essa semana..
Hahaha' esperamos que sim

Enfim..
Gostaram do capítulo?
Esse hot bateu na trave..
Comentem galera, isso é muuuuito importante okay?!
E sobre o insta da Mel, eu vou fazer sim
ME MANDEM SUGESTÕES

AAAH!! 
O famoso hug que eu coloco no final de alguma pergunta é tipo: Hum:?! ham?! Okay?!
É só uma expressão, não é nada demais, apenas um charme kkk' :)

Lidi: Hum.. será? Só sei que ainda vai ter umas tretas insanas kkkk'
Bru: Amamos os três kkk' Fico devendo essa fugidinha
Jaque: Estamos kkk' esse casal é doido
Njr Ousado: Eu também muito fofinha, estou estranhando kk' #SentindoFaltaDasTretas 
Letícia: Aah eu falei que nesse ia colocar a conversa dela e da mãe mas tirei pra dar espaço pro casal, espero que não se importem kkk' Vou fazer o insta dela sim, logo logo.. beijos gata
Carol: Mulher achei que tu tinha me deixado :( Agora o mistério: Quem é o pai da Mel? kk' Quero só ver ela e a mãe.. o que será que vai acontecer? haha' beijos gata e não some!
Moreco: Obrigado lindaa. kkkk' coitado do Marcos, o que será que vai sobrar pra ele?! kk' vou fazer o insta dela sim, beijoos

Até o próximo minhas margaridas BEIJOS

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Cap. 29 (Part. II)




Se você me pedir pra ficar pra sempre com você
Nem vou pensar duas vezes pra te responder
Cê sabe que eu vou, vou, vou
Pego minhas coisas e vou
Ficar pra sempre, sempre com você

Pra Sempre Com Você - Jorge e Mateus


Neymar POV

Meu celular não estava mais tão interessante quanto há três horas atrás, mas ainda assim eu preferia encarar a tela vazia em minhas mãos do que ter que opinar e discutir sobre terno, smoking e blá blá blá, com a minha mãe, minha irmã e uma mulher que eu nunca vi na minha vida que lotou minha cama com aquelas peças e milhares de papéis com desenhos de roupas que para mim era tudo igual.
Ninguém entedia que eu não estava nem aí pra essa droga de casamento e muito menos ligando pra esses detalhes inúteis.
Resumindo.. Meu dia estava sendo uma merda e eu não via a hora da Mel trazer o Matheus aqui.
Logo de manhã, meu pai me mostrou fotos de algumas casas em Barcelona, estávamos em dúvida entre três e eu acabei ficando com a mais perto do CT, mas ainda assim eu optei em ir pra lá e ver pessoalmente antes de comprar, não que eu entenda muito dessas coisas mas será o lugar que eu vou morar por algum tempo, então tem se ser uma parada boa.
Depois do casamento, embarcaremos para a Espanha e iremos decidir tudo para no próximo mês me mudar definitivamente.
Eu estava num misto entre a felicidade e a decepção.
Feliz de estar realizando um sonho, jogar em um clube que eu nunca imaginei que iria chegar.
Decepcionado por estar prestes a casar com a mulher errada.
Mas depois do que a Mel me disse, depois do tempo que passamos juntos, não importa o que aconteça eu sei que ela esta comigo, sempre estará. Só mais um tempo e tudo vai se resolver.

- Ta rindo por quê, idiota? -Rafaela perguntou dando um tapa no meu pé e me olhando-
Eu estava deitado num pedaço da minha cama que não tinha roupa e ela estava segurando dois cabides vazios enquanto minha mãe segurava uma gravata de bolinha vermelha, espero que ela não esteja cogitando a ideia de eu usar isso-
- Tô pensando na vida Rafaela -disse me sentando na cama e desbloqueei o celular-
- Sei.. -ela cerrou os olhos e balançou a cabeça negativamente- E posso saber onde você foi ontem anoite? 
- Me divertir maninha -pisquei pra ela que fechou a cara e veio perto de mim-
- Você não perde tempo, não é?! -me olhou com os olhos cerrados, neguei sorrindo de lado-
- Você devia respeitar pelo menos o filho que ela ta esperando Júnior! -Rafaela se exaltou assustando todos nós-
- Rafaela! -minha mãe interviu segurando-a nos ombros e pediu para ela sair, respirou fundo recuperando a postura e ergueu um cabide com um dos ternos mais razoáveis que tinha ali- Querido, e esse aqui? -disse com a voz doce desviando seu olhar de mim para a mulher do seu lado que sorria-
Levantei e peguei um terno pra provar mesmo sem vontade.


Meu telefone tocava incansavelmente enquanto eu tentava vestir aquela roupa quente e abotoar os infinitos botões da maldita camisa branca que me insistiram vestir.
- Mas que porra -resmunguei procurando meu telefone no meios das roupas jogadas no chão do meu closet-
Olhei na tela e minha raiva se esvaiu em um segundo.
- Mel? -sorri me olhando no espelho e arrumando o cabelo-
- Papa? -Matheus disse do outro lado da linha-
- Ah.. Oi filhão!! Como é que você ta?
- Bem, tô te esperando pra vir me buscar -disse com seu sotaque espanhol ainda carregado, sorri espontaneamente. Mas pera aí.. buscar quem?-
- Você ta me esperando? -perguntei confuso- Quem está aí?
- Si, estou com a mamãe, vem logo papai, ela ta chorando -ele parecia impaciente o que me preocupou-
- Filho, onde você está? -ultimamente telefonemas estão me deixando nervoso-
- Um prédio grande. O vovô trabalha aqui -inspirei o ar com força fechando meus olhos- 
-  indo
Desliguei o telefone apressado.
Melissa foi atrás do Marcos.
O que quer que ela fora fazer lá, coisa boa não é.
Ela estava chorando.
Mel não podia ter ido lá.

-Ei, ei, ei.. -Nadine disse erguendo as mãos para que eu parasse com a minha correria- Onde você vai? Não terminamos!
- Assim ta ótimo! -disse erguendo o paletó e jogando na cama- Eu tenho que ir -dei um beijo na testa da minha mãe e peguei a chave do carro na cômoda-
- Vai assim? -gritou e eu parei na porta do quarto bufando. Maldita hora para provar essas malditas roupas. Tirei a calça social num único puxão e joguei-a para trás junto com a camisa, peguei uma bermuda que estava por ali e desci as escadas vestindo-a- Onde você vai? -perguntou lá de cima-
- Buscar a Mel -disse antes de fechar a porta e vê-la sorrir-

Melissa POV

- Vamos sair daqui filho -tentei dizer entre meus soluços e tentando me acalmar-
- Melissa, senta um pouco, toma essa água -a loira simpática tentou me convencer pela terceira vez mas eu não aguentava ficar naquele lugar nem mais um minuto-
- Eu preciso sair, obrigado -forcei um sorriso tentando parecer sincero mas as lágrimas caiam pesadas pelo meu rosto e o máximo que consegui foi chorar ainda mais-
Matheus me abraçava nas pernas me impedindo de andar e perguntava porque eu estava assim, nem eu mesma sabia. Deveria estar pulando de alegria por não dever respeito à esse homem desprezível mas estava chorando porque mesmo ele se tornando esse monstro ao longo do tempo eu ainda o via como um pai.
Quer dizer que tudo o que ele me fez passar, todas as decisões exageradas, tudo o que ele fez na minha vida, foi por eu não ser filha dele? 
- Melissa espera! -aquela voz asquerosa me fez parar em frente ao elevador que demorava a chegar, um arrepio me subiu carregado de ódio-
- Cala a boca! -gritei e parou me olhando assustado- Você me mandou para aquele país porque não me queria por perto, nunca quis não é?! Lucas sempre foi o seu menino. E eles ainda queriam me fazer acreditar que tudo que você fazia pra mim era pro meu bem, você sempre tinha razão mas a verdade era que você me queria longe. Me fez morar numa casa que está quase caindo os pedaços, isso se não fosse os pais da Taís a pagar os concertos e nos ajudarem. Você nunca me ajudou com uma lição se quer. Mas eu também sempre me virei. Quer saber?! Eu espero nunca mais ter que te ver na minha vida. -entrei no elevador protegendo o Matheus daquele monstro, empurrando-o atrás de mim-
- Vai me culpar por não amá-la? 
- Não vou te culpar de nada -respondi apertando o botão para descer-
- Capullo¹! -Matheus gritou antes da porta fechar e começou a chorar, meu punho estava fechado, os nós dos dedos brancos de tanta força, meu corpo todo tremia pelo excesso de nervosismo. Me sentia exausta. Peguei meu filho no colo e o abracei encostando sua cabeça no meu ombro e acarinhando seus cabelos-
- Não chora meu amor -pedi segurando minhas próprias lágrimas-
- Ele é mau -sussurrou em meio ao choro-
- Ele não nos fara mais mal -prometi- 

Capullo¹ Tolo, idiota, imbecil

Respeirei o ar puro ao sair do prédio.
Olhei para os lados sem saber o que iria fazer, meus planos tinham ido por água a baixo.
Peguei o celular e fui direto nos contatos mas de nada adiantaria, eu não tinha salvado o número do taxista. Continuei descendo na esperança de ter algum mas parei quando apareceu o número da minha mãe.
Eu precisava falar com ela, tirar essas história a limpo e ouvir suas explicações, porque se ele realmente não é meu pai, por que ela nunca me defendeu? Ou tentou me ajudar? Ela sempre esteve do lado do Marcos, se ele não é meu pai, por que sempre teve autoridade sobre mim? Por que ela me deixou sofrer? Por que ela queria tanto que eu me aproximasse dele dizendo que ele nem é minha família? Por que ele é tudo pra ela? E quem é meu pai? 
Eram tantas perguntas que eu não podia esperar. Então, decidi que já que não tinha taxi eu iria pregar um busão, ir até a casa do Neymar deixar o Matheus lá e depois ir na casa da minha mãe.
Eu tinha novamente um plano.
Olhei pro Matheus ao meu lado que não parava de se mexer olhando para todos os lados.
- Ta procurando o quê? -perguntei, Matheus me olhou assustado-
- Meu pai -disse sério e voltou a olhar para os lados, franzi o cenho em dúvida-
- Seu pai não vai vir aqui, eu combinei de te levar lá -repeti o que eu já havia falado antes de sairmos de casa-
Matheus fez um bico enorme e cruzou os braços emburrado
- Ele disse que vinha -disse bravo, dei de ombros sem entender-
- Vamos então? -perguntei pegando na sua mão e ele assentiu ainda bicudo-
Quando íamos atravessar a rua um carro em altíssima velocidade parou no meio da rua, na nossa frente, abri a boca para xingar o infeliz mas o Matheus soltou da minha mão e correu pra perto do carro que aparentemente conhecia.
- Ele veio -disse correndo e eu fui atrás para segura-lo mas a porta do carro abriu me assustando-
- O que você ta fazendo aqui? -disse colocando a mão na cintura, Matheus já estava nos braços do Neymar que parecia mais assustado do que eu-
Ele estava somente de bermuda e chinelo, seu cabelo estava bagunçado como quem acaba de acordar e sua expressão era de preocupação, ele estava ofegante.
- O Mah me ligou disse que vocês estavam aqui e.. -ofegou colocando o Matheus no chão- Você ta bem? -perguntou se aproximando com um olhar cauteloso- Matheus disse que você estava chorando lá em cima -disse me observando, mordi o lábio e desviei o olhar, não vou chorar-
Matheus veio pro meu lado e me abraçou onde seus bracinhos alcançavam encostando a cabeça na minha coxa e me olhando sorrindo, me inclinei e peguei-o no colo-
- Você não deveria ter vindo -Junior disse colocando seu braço ao redor do meu pescoço com um pouco de dificuldade pois o Matheus estava no meio, com minha mão livre o abracei pela cintura deitando a cabeça no seu ombro- Mel o que aconteceu? -não consegui responder, balancei a cabeça negativamente sentindo as lágrimas voltarem-
Um cara gritou buzinando na rua, o que me aliviou por me destrair mas ao mesmo tempo me tirou do conforto do abraço dele o cara disse que queria passar fazendo sinal para tirar o carro e tivemos que nos separar, Júnior olhou pro cara e pediu para ele esperar ainda me segurando pelo braço.
- Vamos, vou te tirar daqui -disse e deu a volta no carro, assenti, dei um beijo na bochecha do Matheus e pus ele no banco de trás.
Antes de entrar no carro olhei de relance para o prédio e Marcos estava na porta sorrindo e nos olhando-
Mel.. -Junior ia dizer alguma coisa mas desistiu quando também olhou no mesmo rumo que eu-
- Linda família -Marcos disse, dei as costas, entrei no carro e Junior nos tirou dali-



- O que você foi fazer lá? -Junior perguntou quando parou no sinal, olhei pro Matheus que jogava no celular do pai todo concentrado-
- No inicio fui tirar satisfação... -contei tudo, desde o dia do shopping, que a tal da Aline me ajudou, até encontra-la no escritório e eles terem uma filha, Júnior ficou tão indignado quanto eu-
- E sua mãe sabe? -ele perguntou irritado-
- Sabe! Isso que é pior -disse me virando para olha-lo- A tal da Aline é quase da minha idade e tem uma filha do tamanho do Matheus!
- Então faz tempo isso?! -assenti- Se ela não liga você não pode fazer nada Mel
- Eu sei, mas eu pensei que ela não sabia -disse revoltada, quando mais eu tento abrir o olho da minha mãe mas ela se faz de cega- E tem outra coisa -disse mordendo meu lábio, ele murmurou para que eu continuasse- Ele disse que não é meu pai -essas palavras soavam mais doloridas quando ditas em voz alta-
Junior freiou imediatamente nos lançando um pouco pra frente, me virei no banco para ver o Matheus que também tinha se assustado mas estava bem, Neymar engoliu em seco e acelerou novamente em silêncio. Franzi o cenho, desconfiada.
- Você sabia? -acusei-
- Não.. -ele respondeu- Sim.. -arqueei a sobrancelha- Quando você sumiu o Lucas comentou alguma coisa do tipo, parece que ele ouviu seus pais brigando mas ele não tinha certeza, eu mesmo nem dei atenção
- Vocês esconderam de mim?
- Não Mel.. Eu estou tão surpreso quanto você, na época a gente pensou que era mentira e também eu estava tão preocupado com você que isso pra mim era só um mal entendido
Assenti e olhei pra janela sorrindo. Me senti culpada por deixa-lo preocupado mas feliz por ouvi-lo dizer isso. 
Cogitei algumas vezes em falar alguma coisa mas desisti e fomos em silêncio o restante do caminho, o que me incomodou um bocado. Quando percebi que já estávamos perto da casa dele me sobressaltei.
- Eu tenho que ir na casa da minha mãe -disse me lembrando do que eu ainda precisava de fazer-
- Fica aqui um pouco, esfria a cabeça e depois eu te levo
- Não Junior, eu tenho que ir -só de pensar em entrar naquela casa novamente me dava arrepio, não tinha coragem de encarar ninguém. Seu pai era muito sério e parecia que não gostava muito de mim, Rafaella me odiava e a Nadine.. Bem, ela sempre foi um amor, uma segunda mãe pra mim e bem por isso eu tinha vergonha, muita vergonha, mesmo depois de tudo o que aconteceu ela foi quem me acolheu sem distinção, com o mesmo sorriso de sempre e eu a admirava por isso-
- Mel.. -disse quando parou o carro e pegou na minha mão- Fica aqui um pouco, relaxa e pensa melhor no que você pretende fazer, hug?! -Ju soltou o cinto e trouxe suas mãos na minha nuca, segurando firme me fazendo olhar na profundeza de seus olhos e me afundar, ele contornou meus lábios com seu toque suave observando cada movimento, entreabri meus lábios em uma súplica que ele logo acatou encostando nossos lábios num beijo inocente, que só o que importava era o toque, era estar junto. Ele sorriu e eu o acompanhei-
- Ei!! -Matheus disse apoiando no banco para vir pra frente- Vocês tão namorando? -perguntou curioso-
- Fizemos as pazes -Neymar disse me olhando um pouco embaraçado-
- Somos amigos -eu disse, Matheus franziu o cenho duvidando-
- E amigos dão beijo? -meu curioso perguntou desconfiado-
- Não todos -respondi- Só foi dessa vez -Neymar riu e eu olhei reprovando-o- E é errado -tentei contornar-
- É, é errado -Junior disse carregado de ironia-
- Ta bom -Matheus deu de ombros e abriu a porta do carro- Eu não vou contar -sorriu pra gente e desceu do carro num pulo-
- Ta bom -Junior deu de ombros sorrindo e eu dei um tapa na sua nuca antes de sair do carro-

Hello Hello meus girassóis <3
Como estão hug?!
Gente só eu achando mundo mel nesse casal?
Cadê as tretas?
Mas calmem que no próximo eles estarão ainda mais doces..
Como eu queria dar SPOILER mas gosto de deixar vocês curiosas :D
Enfim.. Ta fofinho o próximo
Hahaha'
Tomara que tenham gostado
Vejo vocês no próximo
Beijos gatas <3

FC Ney: Eles merecem um vingança muito da boa kk' bjs

Jaque: Não amor, nós achamos kk' Ele tem que sofrer e muito bjoo

Queila: Meu Deusss, prontoo kkk' bjj

Luiza: Mais MelMar? kkk' Pode deixar ;) bjoo

Lavínia: Volteei ! Obrigado lindaa bejoo

Letícia: Gentee foi baphoo ne?! Coitada da Bruna hahaha' Sobre as fotos foi opção minha não colocar mesmo porque na antiga versão eu colocava mais se quiserem eu coloco sim okay?! bjooss

Moreco: Pois é linda, aquele estranho lá não é pai dela não kk' Também né, ninhuém merece coitada kk Chega de MelMar kk' quero treta kkk' Matheus é uma fofura, quero de presente haha'  Bejoo Danii

Sara: Então.. Vamos ver a conversa da Dona Iza com a Mel no próximo haha' Ai Jesus quanta pergunta haha' O que será que vai acontecer?? kk' bjoos

Njr Ousado: Mulher eu adoro parar na melhor parte haha' Só eu cansei deles? kkk' Okay, sem tretas bjoos