sábado, 16 de maio de 2015

Cap. 18 "Porque você não sai da minha cabeça..."


''É 31 de dezembro
Fim de mais um ano
E por mais que eu tente
Fazer outros planos
Outro ano começa
Com o antigo sonho
De ter você comigo''

- Jorge e Mateus - 31/12 -
Um mês depois..

~Neymar POV~

- Gente, um minutinho de atenção -disse batendo uma faca na taça de vinho e me levantando-
Era dia 24 de dezembro e minha família toda estava reunida na casa do Guarujá, minha mãe sempre levou a sério o Natal e fazia questão de reunir a família toda para uma enorme ceia, estavam todos em volta da mesa saboreando aquelas comidas típicas de Natal com família, amigos, vizinhos.. E eu estava prestes a fazer a pior burrada da minha vida..

Flash Back Mode On

Sentei no sofá da casa da Bruna, estávamos sozinhos na casa dela para conversarmos, na verdade eu sabia muito bem o que eu queria. Terminar. Desde que ela soube que eu tenho um filho, não para de falar mal da Melissa e não larga do meu pé, reclama dizendo que eu mudei e que eu não dou mais atenção pra ela, disse que agora eu só tenho olhos pro meu filho, mas ela tem que intender que um filho é muito diferente de uma namorada, ele é uma parte de mim, ou melhor, ele é tudo pra mim e agora eu vivo por ele, tenho olhos pra ele mas nada do que eu falo é o suficiente. A nossa ultima briga me tirou do sério e hoje eu estou disposto a ir até o fim.
- Que foi amor? -perguntou se sentando do meu lado no sofá e segurando minhas mãos-
- Olha Bruna, eu to muito confuso e acho que não ta dando mais certo
- Como assim? Do que você ta falando?
- Eu preciso de um tempo -seus olhos arregalaram-
- Não, pera aí -negou levantando do sofá e me olhando incrédula- Júnior por favor -sussurrou-
- Eu to confuso, to cheio de problemas e a gente não é mais a mesma coisa -expliquei-
- A gente não é a mesma coisa ou é aquela garota?
- A Melissa não tem nada a ver com isso
- Lógico que tem, ela chega falando que tem um filho seu e pronto, você já acredita!
- Porque é verdade! Meu Deus, só quero um tempo!
- Ela te manipula -Bruna continuou tagarelando e andando pela sala- você é um otário que acredita em tudo que ela fala, se toca Junior ela não te quer não, quer só seu dinheiro, na verdade ela quer mais que você se foda!
- Cala boca! Acabou, eu to de saco cheio dos seus discurso ofensivos, vê se cresce! -levantei indo em direção a porta pronto pra sair dali-
- Eu te amo! Não faz isso! -implorou chorando, continuei de costas e fechei meus olhos buscando se ainda tinha alguma força pra sair da li, eu não a amava, isso era fato, mas tanto tempo junto a gente acabou criando um laço e eu tinha sentimentos por ela, mas não eram o suficiente pra continuar com esse namoro-
- Desculpa -sussurrei tomando ar e abri a porta-
- Eu tô grávida Junior! -ela gritou e eu paralisei na porta, vi o chão se desfazendo diante dos meus pés, senti meu sangue todo fugir do meu rosto, prendi a respiração e minha voz sumiu, eu ouvi errado. Repetia isso pra mim mesmo como se fosse um mantra até que eu pudesse acreditar, mas nem eu mesmo acreditava. Virei pra ela que chorava descontroladamente, consegui fechar a porta mas não saía do lugar-
- Mas.. -as palavras me faltavam, eu não tava intendendo, isso não podia estar acontecendo, eu estava totalmente perdido.. De novo- Não..
- Eu tô grávida -ela repetiu aquela frase e eu senti uma pontada no meu estômago como se tivesse levado uma facada-
- Como? Não..
- Como? Tem certeza que fez essa pergunta? -ela riu amargamente enxugando as lágrimas do rosto- A gente fez amor e eu engravidei! -disse irônica-
- Nunca existiu amor -disse com a voz rouca, minha garganta estava seca-
- Existiu sim.. E esse aqui é o fruto dele -ela passou a mão na barriga-
- Meu Deus Bruna! -gritei dando um murro na parede e nem se quer senti dor- Você só tinha que lembrar de tomar a porra da pílula e nem isso você lembrou
- Não Grite comigo! -gritou assustada-
- Não venha com esse seu sentimentalismo de merda pra cima de mim, droga! -comecei a andar de um lado para o outro que nem um idiota mas na verdade eu queria pensar mas isso era impossível naquele momento-
- Você ta muito bravo, Junior, acalme-se -ela se aproximou com as mãos nos meus ombros e eu me soltei rispidamente-
- Me acalmar? -ri ironicamente- Porra mano, nem pra tomar a merda da pílula você lembrou! Era só isso que você precisava lembrar!
- Desculpe ..
- Desculpe? Você fodeu com a minha vida
- Eu? Engraçado que você não falou isso pra Melissa quando ela veio com aquele menino! Vai em frente, termine comigo e eu tiro essa criança -outra facada-
- Cala a boca, merda! -gritei me sentando com as mãos no rosto. Ela tem razão, eu posso não gostar dela mais agora ta feito, é meu filho, não posso abandonar ele, já errei com o Matheus e não posso fazer isso com mais um que não tem nada a ver com o que ta acontecendo, é meu filho, vou cuidar dele, amar ele e talvez a Bruna cresça sendo mãe e melhore suas atitudes, talvez ainda temos alguma chance- A gente tem muito o que conversar.. Mas eu não vou deixar você fazer isso -soltei o ar preso em meus polmões e saí daquele apartamento antes que eu enlouquecesse-

Flash Back Mode Off


E foi assim que eu fiquei noivo, ou melhor, foi assim que eu continuei com a Bruna, porque a parte do casamento ficou com os pais dela. Na verdade o pai dela meio que me ameaçou e me forçou a casar, colocou isso na cabeça da Bruna e ela me chantageou, ele queria que a filha casasse antes de aparecer barriga e antes mesmo que eu pedisse ela em casamento, tudo já estava marcado. Fevereiro, antes do carnaval.

- Bru, você aceita se casar comigo? -quase as palavras não saíram. Tirei a caixinha de aliança do meu bolço e abri, ela mordeu o sorriso imenso que tinha aberto e deu gritinhos acompanhada pela Rafa-
- Claro meu amor! -assim trocamos as alianças de noivado, eu também estava vendo aqueles anéis pela primeira vez, até porque não foi eu quem comprei foi a Rafaela e também nem fiz questão de ver quando ela trouxe- Nós amamos você! -sorri e nos beijamos com todos aplaudindo ao nosso redor-

Ascendi um cigarro no fundo do quintal, todos já estavam dormindo, aliás já estava amanhecendo. Com um copo de Whisky na mão e o cigarro na outra me senti um fracassado, um babaca como a Melissa me chamava. Olhei aquela aliança no meu dedo e sorri amargamente. Noivo, bêbado e fracassado, era isso que eu era. Minha cabeça doía e eu estava tonto, escorei na parede e fui escorregando até o chão, soltei uma gargalhada amarga e traguei o cigarro soltando a fumaça devagar, meus olhos estavam pesados, minha cabeça parecia que ia explodir e se minha mãe me pegasse fumando aqui no fundo do quintal ela ia me matar e eu ia acabar com o Natal de todo mundo, mas eu não tava nem ai. Sorri ao lembrar daquele dia no quarto de jogos quando a Melissa brincava comigo e com o Matheus, mas eu ainda fui mais longe, lembrei de uma época feliz onde éramos jovens e namorávamos as escondidas, eu a amava e era incapaz de apagar esses momentos da minha memória como também não conseguia esquece-la um segundo- Eu pensei que nosso amor ia resistir todas as barreiras -disse com a voz embargada, meu cigarro acabou e eu apaguei no chão recolhendo-o em seguida para que ninguém descobrisse que eu estava fumando. Dei um gole no meu Whisky sentindo o líquido rasgar minha garganta- Pensei que nosso amor ia vencer no final, mas parece que esse é nosso final -era como se ela estivesse ali, ela era minha droga, meu vício. Me tornei um dependente e longe dela fico insano, procurando respostas ou apenas um caminho para seguir, mas era isso..- Você não é mais minha mas eu ainda sou seu..

~Mel POV~

Um mês se passou e a rotina começou a voltar ao normal com as correrias de fim de ano. E eu amava essa época do ano. Durante a semana, eu, o Matheus e a Taís fomos até a Fira de Santa Llucia comprar as decorações natalinas e enfeitamos a casa com luzes e enfeites maravilhosos, a nossa sala está linda, com um presépio e um pinheiro enorme que o Matheus fez questão de enfeitar com tudo o que tinha direito. Sem contar a cidade. Saí com o Caio e o Mah ontem a noite e as ruas estavam todas iluminadas para festejar o grande dia. Mas nada se compara ao Natal no Brasil, aqui não tem papai noel ou Ceia com peru e presentes mas tem um frio de 5º graus que estava me congelando mesmo com botas cachecol e luvas. Minha mãe queria que eu fosse ao Brasil, ela vai reunir a família e disse para mim ir que todos estão perguntando por mim, a Nadine também me chamou para passar o fim de Ano com eles, mas eu já tinha ido muito pra lá mês passado e não sou rica para ficar bancando viagens e viagens quando me der na telha. Como nos outros anos, Bete me chamou para passar na casa dela e nós fomos..

Vamos Mel? -Taís disse chegando perto de mim com o Matheus no seu colo quase dormindo e tirando bruscamente o copo de vinho da minha mão-
Estávamos na casa da Bete, fomos lá assim que acabou a missa da Meia Noite, ou missa do Galo. Já era quase três da manhã e o Matheus estava exausto de tanto cantar "Caga tió, avellanes i torró no caguis arengades, que són massa salades, caga torronets, que són dolcets, i també molts regalets!" em volta daquele tronco vestido de papai noel com mais duas crianças que deviam ser parentes da Bete mas eu não conhecia. E isso não era o mais estranho da cultura espanhola, ainda tinha um Caganers que ficava atrás do presépio, dizem que é para atrair sorte, fertilidade e alegria, se isso fosse mesmo verdade eu devia ter colocado pelo menos uns dez atrás do meu presépio, mas como não coloquei, espero que um resolva.
- Vamos! -disse me levantando e pegando o Matheus do colo da Taís-
Peguei meu copo da mesa e virei o resto do líquido que tinha, Taís me olhou feio e eu ri. Estava um frio de rachar e ventando muito, o Mah se encolheu no meu colo mesmo estando de casaco e bota e eu o abracei mais forte tentando protegê-lo do frio.
- Bete, nós estamos indo -disse me aproximando dela-
- Mas já meninas? -levantou- Fiquem mais um pouco!
- Ta tarde e o Matheus ta com sono -passei a mão na cabeça do meu pequeno- 
- A minhas queridas mas que bom que vieram! -Bete me abraçou meio desajeitado por causa do Matheus no meu colo e depois abraçou a Taís-
- Imagina, eu que agradeço, estava tudo uma delícia principalmente a comida -Taís disse e eu concordei. Acho que nunca comi tanto igual hoje-
- Já ta indo Mel? -Eric, o filho mais novo da Bete veio correndo na nossa direção com um copo de vinho na mão-
Eric era um ano mais velho que eu, uns bons centímetros mais alto e o mais bonito dos filhos da Bete. Conheci ele quando comecei a trabalhar no Luky's no ano em que vim morar aqui, ainda estava grávida do Matheus e ele vivia pegando no meu pé, um ano depois ele se mudou para Madrid para estudar e Bete vive falando dele por ser o único filho que faz faculdade mas eu sei que vive saindo para as baladas e festas o tempo todo. Eric era um típico Espanhol, moreno de olhos escuros e tinha um corpo de dar inveja a qualquer um, ombros largos, abdômen trincado, pernas torneadas e um sorriso lindo e.. Sem-vergonha, mas nem todos espanhóis tinham essa última característica.
- Nem mais um copo de vinho? -ofereceu sua taça me encarando como se visse além dos meus olhos e isso me deixava inquieta-
- Não, já bebi demais por hoje -sorri em agradecimento, é eu tinha bebido demais essa noite- Bom, Bete, obrigado por tudo a gente se vê amanhã -me despedi com um beijo no rosto-
- Vocês vão sozinhas? -Eric disse apontando pra mim e pra Taís e assentimos- Eu levo vocês!
- Não precisa, é perto! -dei de ombros e me virei para ir-
- Já disse Cardoso, eu levo -sorriu sacana me segurando pelo braço, revirei os olhos e a Taís me olhou se abanando quando ele deu as costas pra colocar o copo já vazio em cima da mesa-
- Puta que pariu -sussurrou rindo e Eric nos chamou-
- O que tem de gostoso tem de galinha -disse pra ela seguindo ele até o carro, ponhei o Matheus deitado no banco de trás do seu Seat Leon branco com a cabeça no meu colo e a Taís do lado, pelo retrovisor dava pra ver os olhares que Eric lançava e toda hora a Taís me cutucava-

- Casa iluminada -Eric disse enquanto estacionava o carro em frente a casa-
- Valeu pela carona -Tais disse saindo enquanto eu lutava pra abir a porta-
- É Eric, muita gentileza sua -sorri irônica saindo do carro e pegando o Matheus-
- Espera -disse segurando minha mão- Eu queria falar com você -olhei pra Taís me esforçando para não revirar os olhos enquanto ela sorria e dava a volta no carro. Claro que não foi nenhuma gentileza dele, deveria ter recusado-
- Ta legal! -Taís disse pegando o Matheus do meu colo- Tchau pra vocês -piscou pra mim fazendo umas caretas engraçadas-
- Pode falar -sorri cruzando meus braços na altura do peito-
- Pode ser no carro? -sugeriu com aquele olhar que já estava me incomodando-
- Eric eu tenho que ir 
- Ta bom, mas acho que eu mereço uma recompensa -disse pondo as mãos na minha cintura e a minha reação foi rir, ou melhor, gargalhar. Maldito vinho! Se controla Melissa!-
- Me chame quando quiser conversar de verdade! -tirei as mãos dele de mim e dei as costas antes que eu fizesse alguma merda-
- Só um beijo! -disse segurando minha mão para me impedir de continuar fugindo mas eu me soltei e continuei em direção ao portão-
- Tchau Eric -entrei e olhei pra ele debruçado em cima do carro me olhando com um bico enorme-
- Vamos sair um dia! -insistiu erguendo os braços, ri e abri a porta de casa-
- Bon Nadal! -disse antes de fechar a porta-
- Filha da mãe! -Taís gritou olhando ele partir pela janela- Você podia ter pegado ele!
- Nem pensar  -revirei os olhos-
- Ele vive dando em cima de você e é gato, porra Melissa! -exclamou deitando no sofá. Todos os caras que apareciam e falavam oi pra mim ela já imaginava mil e uma coisas-
- Não! Eric é um canalha! -me sentei no sofá de frente pra ela- 
- To falando pra catar o cara não casar e ter filhos! -bufei ligando a televisão pra ver se distraia ou se ela parava de falar nele, mas não adiantou- O que tem de errado com ele? É gostoso, legal, bonito, gato e você nem dá bola pro coitado
- E filho da minha patroa -disse enquanto mudava de canal freneticamente-
- A Mel, ele nem mora aqui e quase não vem pra cá -revirei os olhos- Deixa ai! -gritou batendo palmas-
- Okay -levantei rindo e joguei o controle pra ela já que ia começar a série que ela gostava- Buenas Noches -disse jogando beijos e indo pro quarto-
Matheus dormia tranquilo na minha cama, cheio de agasalho que eu tinha colocado nele para ir na casa da Bete já que estava muito frio, mas era horrível dormir assim, fechei a janela que estava aberta e entrando muito vento para tirar a bota dele e o casaco. Quando fui tirar minhas blusas o meu celular caiu no chão e eu me lembrei que nem se quer tinha pegado ele pra ligar pra ninguém, sempre esqueço o fuso horário e acabo me atrapalhando. Tinha duas ligações uma da minha mãe e uma da Nadine e mensagens delas também, uma do Caio e outra do Gil, respondi eles e mesmo que no Brasil ainda não era Natal resolvi mandar uma mensagem pra geral de Feliz Natal, fechei o celular e deixei carregando em cima da cômoda, estava cansada. Abracei o Matheus e sorri. Mais um Natal com ele e eu não poderia estar mais Feliz. Tudo estava dando certo, as mentiras tinham acabado, os medos tinham sumido e tudo estava bem, ele estava feliz por ter um pai e eu mais ainda por eles terem se dado bem desde o começo e principalmente por não ter sido outra pessoa pra ser o Pai dele.. Eu estava chorando, sou uma manteiga mesmo.. Depois de algumas horas rolando de um lado pro outro na cama porque estava sem sono, meu celular acendeu, fiquei tentada a pegar mas me contive, tenho que dormir, porém a curiosidade foi maior e comecei a pensar que era alguma coisa importante e não sosseguei até pegar o celular. Era uma mensagem.. do Neymar..

Feliz Natal
Amo Vocês

- Mesa sete Mel -Bete disse colocando uma porção da batatas e bacon em uma das bandejas em cima do balcão e empurrando pra mim-
Era 30 de dezembro e estávamos trabalhando em pleno domingo iguais a condenados, esse era um dos raros dias em que o Luky's lotava tanto que tinha gente esperando mesa do lado de fora. Era correria para todos os lados que já estava me deixando maluca, isso porque ainda estava no começo da noite.
- Quer ajuda? -Eric disse me empurrando de leve enquanto eu andava entre as mesas com os pedidos-
Infelizmente ele resolveu ficar até o ano novo aqui e numa ocasião de generosidade se ofereceu a trabalhar essa semana no Luky's, o que esta me dando nos nervos e mais uma de suas gracinha eu sou capaz de enfiar a cara dele naquela máquina de chopp quebrada.
- Eu sei me virar sozinha -empurrei ele de leve para que se afastasse um pouco de mim e entreguei o pedido- Mais alguma coisa? -perguntei no meu mais perfeito espanhol e quando negaram fui entregar o outro pedido com o Eric no meu encalço-
- Sabe? -perguntou próximo ao meu ouvido enquanto eu esperava a Bete preparar os outros pedidos-
- Vai conseguir mesmo me ajudar? -disse num tom desafiante e virei pondo as mãos na cintura ficando de frente pra ele e percebi o quão perto nós estávamos um do outro, ele sorriu de lado e deu de ombros, sorri de volta implorando pra Bete andar logo enquanto uma ideia me passava pela cabeça-
- Acho que consigo -disse convicto sustentando o olhar-
- Mesa doze e dez -Bete disse pondo as bandeiras no balcão e ele revirou os olhos-
- Seja rápido -disse observando o seu sorriso triunfante nos lábios-
- Como quiser -se aproximou pondo as mãos na minha cintura, eu dei um passo pra trás e ele me olhou como uma expressão mais séria-
- Mesa doze -disse empurrando a bandeja na sua direção e ele me olhou incrédulo enquanto eu peguei a outra bandeja esbarrando nele de propósito e saí entre as mesas novamente rindo igual uma idiota e me controlando para não gritar um 'Chupa Otário'-
- Mãe! -quando ouvi aquela voz fofinha que faz meu coração acelerar, olhei imediatamente pra porta e vi meu pequeno com a Taís entrando no Luky's, ele acenou sorrindo. Eu entreguei o pedido logo e fui atrás deles-
- O que fazem aqui? -perguntei me abaixando e abraçando meu filho-
- A gente veio comer -Tais disse olhando em volta do lugar- mas parece que tá cheio 
- Tais -Eric disse se aproximando e depois abaixou do meu lado- Oi pequeno -disse ao Matheus e eu revirei os olhos-
- Oi -sorriu educado- Não tem nenhuma mesa? -perguntou tristonho-
- Eu posso arrumar uma mesa pra você -Eric disse pro Matheus que sorriu olhando pra Taís-
Levantei e olhei pra Taís desconfiada, ela deu de ombros e riu. Eles nunca aparecem aqui em dia de movimento, alguma coisa tem.
- Já voltamos -Eric disse se levantando e me puxou pra cozinha- Tem um espaço ali no canto, da pra por uma mesa ali -apontou pro canto perto da janela- Mas, você me deve alguma coisa ..
- Eric eu já falei que não.. 
- Vamos ir num barzinho depois do 'expediente' -propôs esperançoso e antes que eu pudesse ter o prazer de dizer não de novo a Bete apareceu-
- O que os dois estão fazendo?
- Eu estava falando pra Melissa por uma mesa ali no canto já que a amiga dela e o filho vieram.. -Eric disse gesticulando-
- Aah, não não não.. Aquela mesa ali tá reservada pra eles -Bete apontou pra uma mesa no canto que desde de o começo do expediente ela não quis me dizer pra quem era-
- Oi? Era da Taís? Por que? -perguntei-
- Leve eles até lá -Bete saiu rindo e eu bufei, odeio que façam coisas escondidos de mim-
- O Mel..
- Cala boca! -interrompi ele e segui bufando até a Taís- Vem comigo
- Sua chefe sabe que você atende os clientes assim? -Taís provocou enquanto me seguia até a mesa-
- Quer o cardápio? 
- Quero mais cadeiras -disse olhando pra mesa que tinha dois lugares- Estou esperando uns amigos
- Mãe, eu quero um x-burguer grandão com bastante queijo -Matheus disse se acomodando na cadeira e medindo seu lanche com as mãos- E uma porção de batata frita
- E três cadeiras -piscou antes de sentar e eu saí revirando os olhos-
- Leva três cadeiras la -pedi pro Eric que estava atoa já que eu não estava com um pingo de vontade de levar-
- Tenho algumas condições 
- Então vai se fuder -dei as costas indo pra cozinha-
- Só vamos num café.. -disse indo atrás de mim- Numa balada, igual na época que eu morava aqui.. -segurou meu braço me olhando nos olhos mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa, a campainha que indicava a entrada de um cliente soou e os gritos da Bete chamaram nossa atenção me livrando de Eric momentaneamente-
- Eu não acredito! -gritou enxugando as mãos e correndo até a porta, sai da cozinha para ver o que estava acontecendo e parei imediatamente fazendo Eric esbarrar em mim me empurrando para frente e me jogando no chão, na hora nem me importei e ignorei sua ajuda me levantando imediatamente-
- Mãe! -gritei sem me importar com os clientes que nesse momento já haviam parado de comer e ficavam olhando o que estava acontecendo-
- Surpresa! -Caio disse rindo enquanto eu abraçava ela-
- Agora ela não vai mais querer me matar -Tais disse se aproximando e o Matheus saltou no colo do meu irmão-
- Isabelle!! -Bete abraçou minha mãe e as duas começaram a gritar e chorar ao mesmo tempo e nós não entendíamos nada do que elas tentavam falar-
- Iae abelha! -Lucas disse me abraçando com o Matheus no seu colo-
- Eu vou matar vocês -dei um tapa na cabeça do Lucas-
- Ei! -protestou rindo- Vim ver como é a festa de Ano Novo na Europa -deu de ombros-
- Enganamos você mamãe! -Matheus disse vitorioso e todos rimos dele, menos o Caio que olhava pra algum lugar atrás de mim, percebi que havia chegado alguém-
- Oi -Eric disse encarando o Caio-
- Isabelle esse é o meu mais novo.. Eric! -Bete disse toda orgulhosa e começou a elogiar o filho que faz faculdade em Madrid- 
Tomei a frente e falei para eles irem até a mesa para conversar e comer, afinal, o restaurante estava cheio e não podíamos parar agora, pensei em distanciar o Eric do Caio pedindo pra ele me ajudar com as cadeiras e os pedidos, eles nunca se deram bem, Caio sempre foi muito possessivo, se dependesse dele eu viveria em uma bolha já o Eric é liberal, gosta de aventura, eles são o oposto um do outro e nunca entram em acordo mas ambos me sufocam e se ficam juntos por algum tempo sai faísca.

- Seu amigo playboy não para de me olhar -Eric riu irônico-
- Vocês dois se amam -dei as cosas e fui pra cozinha levar os pratos sujos até a pia e ele me seguiu-
- Ele me ama -cruzou os braços escorado na mesa que tinha no meio da cozinha e os primeiros botões do uniforme se abriram destacando o topo do seu peito, ele era a única pessoa que conseguia ficar deliciosamente gostoso num uniforme de uma lanchonete- Sabe, se eu fosse ele também iria ficar me olhando -revirei os olhos e voltei ao que eu estava fazendo- Afinal, não é todos os dias que ele encontra um cara assim, como eu
- Eric querido -cheguei perto dele pondo uma mão em cada lado do seu rosto, como se estivesse falando como eu faço com o Matheus quando ele não entende as coisas- Menos tá?! Você não é tudo isso.. -É sim!!-
- Aah Melissa.. -disse abrindo aquele sorriso e balançando a cabeça negativamente- Vai virar o Ano em casa? -Bete havia me chamado para ir lá, mas o Caio me fez prometer que íamos com ele numa festa na casa dele com uns amigos e eu concordei mas com a vinda da minha mãe e do meu irmão já não sabia de mais nada-
- Não sei, eu já tinha confirmado com o Caio de ir na casa dele, agora não sei
- Caio -riu forçado pelo nariz- Okay.. -agora foi a minha vez de balançar a cabeça negativamente e sair da cozinha-

- Vamos logo Mel, a gente vai chegar tarde! -Caio gritou da sala enquanto eu terminava de me arrumar-
Era dia 31 de dezembro por volta das dez e meia da noite. Faltava poucas horas para o fim de mais um ano e isso me deixava muito agitada e ansiosa, ainda mais com minha família aqui, perto de mim, eu estava explodindo felicidade. Bete preparou uma ceia de ano novo maravilhosa, com tudo que tínhamos direito, misturando as comidas Espanholas e alguns toques brasileiros que minha mãe fez questão de fazer. Depois, Caio me ligou no meio do jantar dizendo que ia passar a virada do ano na Plaça Catalunya porque parece que ia ter um evento lá que começaria as 23:30 até 00:30 e convidou todos nós para irmos, como minha mãe não quer perder nada da Espanha ela topou por todos sem dar chances de alguém negar. Eric propôs de irmos Ele, Eu, Caio, Taís, Lucas e James, seu irmão mais velho que me odiava, em um barzinho. Já que ninguém mais apoiou essa ideia. Porém ainda estávamos na casa da Bete e as horas estavam voando e eu não estava com uma roupa adequada para sair, acho que conjunto de moletom não é muito adequado para ir pra balada, se bem que aqui não usamos roupas brancas ou vestidos caros, é muito frio mas nem por isso eu iria mal arrumada. Por isso, aqui estou eu, em casa, lutando contra meu cabelo que não quer parar num rabo de cavalo de jeito nenhum.
- Mamãe, a gente vai chegar tarde! -Matheus entrou no quarto pondo uma touca na cabeça e sentando na cama-
- Já vou meu amor.. Até você? -bufei me olhando no espelho novamente e desistindo de amarrar esse maldito cabelo- Estou pronta! 
- Aleluia! -exclamou rindo e se levantando-
Quando eu desci todos já estavam lá, Caio e Lucas, como sempre impacientes, estavam em pé, Eric estava sentado com as pernas cruzadas tamborilando os dedos na própria perna, James e Luky estava do seu lado, minha mãe e Bete conversavam animadamente em um canto e a Taís estava mexendo no celular sentada no sofá. Eu sempre era a última.
- Vamos? -disse meio alto para que eles prestassem a atenção em mim já que minha mãe estava quase gritando do outro lado-
- Achei que ia ficar pronta pro Réveillon do ano que vem! -Lucas, como sempre bancando o irritadinho, nos deixou para trás e foi saindo-
- Ta linda Mel -Caio me olhou e estendeu a mão pra mim-
- Obrigado -sorri e me juntei a ele-
- Vai passar frio nessas pernas -Dona Isa disse apontando pra mim, revirei os olhos-
- Pegaram as uvas? -perguntei e o Eric ergueu uma sacola cheia de cachos, como tradição na Espanha, não podia faltas as doze uvas que tínhamos que comer seguindo as doze badaladas do sino que marcaria meia-noite-
- Que uvas? -minha mãe perguntou olhando pra Bete-
- No caminho eu te explico -rimos e fomos todos para fora, estava ventando e me arrependi de não ter insistido mais um pouco no rabo de cavalo-
- Ta uma gata Melissa -Eric sussurrou próximo ao meu ouvido enquanto passava por nós- Não vem? -chamou indo pro seu carro onde o James já o esperava, estávamos em três carros, o do Caio, do Eric e do Luky mas não tínhamos nem pensado em como seria essa divisão-
- Não, ela vai comigo! -Caio respondeu encarando o Eric-
- Melissa! -Eric continuou como se não estivesse ouvindo o Caio-
- Eu vou com ele -disse apontando pro Caio, sorri amarelo e Eric revirou os olhos-
- Eu vou com o Tio Caio também! -Matheus gritou já entrando no carro-
- Tudo resolvido? -Luky buzinou atrás da gente, Lucas e Taís entraram no carro e logo em seguida eu também- 
Caio arrancou com o carro e o caminho todo ele e o Eric competiam quem ia na frente, isso estava me irritando mas era o último dia do ano, as últimas horas e nada iria me atrapalhar..

- Vai começar a contagem! -gritaram-
Todos reunidos na Plaça Catalunya para a queima de fogos. Me agarrei ao Matheus e ele deixou o braço em volta do meu pescoço com a cabeça escorada no meu ombro, sorriu e aquele sorriso era igual o do pai dele. Neymar deve estar aproveitando o Ano Novo no Brasil, até aqui na Espanha o nome dele não sai dos sites e piorou quando ele assumiu o Matheus publicamente, mas pelo menos nessa parte eu estou tendo paz. Mas, nem um dia se quer eu esqueci aquela maldita mensagem que ele me enviou no Natal, não sabia se era ele, se ele estava bêbado quando enviou ou se digitou errado, só sei que ele é maluco e não entendo nada do que ele faz, mas não fui capaz de perguntar e nem vou, não fiz questão nenhuma de falar com ele durante esse mês e quando ele liga eu digo para falarem que eu não estou, não quero sofrer mas por ele.
Estava lotado de gente e preferi que ele ficasse no meu colo, era mais seguro e eu ficaria mais tranquila. Com dois cachos de uva na mão, eu me preparava para quando o sino tocar, doze uvas, doze meses, dizem que a doçura da uva prevê como cada mês será, espero que meu cacho esteja todos um Mel de tão doce.
Minha mãe e meu irmão estavam do meu lado, os dois pareciam estranhar essa tradição daqui mas decidiram seguir, Taís apertou minha mão e sorriu, Caio estava do lado dela e nós abraçamos nós três, eu, Matheus, Caio e Taís. Mais um ano juntos e eu tenho que me segurar para não chorar agora.. 
E foi a primeira badalada.. Matheus puxou uma uva do cacho que eu estava segurando pra ele, eu puxei outra e comemos juntos.. Azeda, fiz uma careta e quase cuspi minha uva, Janeiro, droga!
Segunda badalada.. fizemos a mesma coisa, eu e o Matheus comemos juntos.. Doce. Fevereiro.
Terceira badalada.. Doce. Março.
E assim foi até a última quando meu pequeno pegou sua uva e ponhou na minha boca, fiz o mesmo com ele e marcou meia noite. Abracei ele com todas as minhas forças agradecendo a Deus por mais um ano e por tudo estar dando certo, por ele ter me dado esse tesouro que é meu filho e eu já estava chorando.
- Mamãe, eu te amo! 
- Eu amo muito mais! -beijei sua testa e minha mãe se aproximou-
- Feliz ano novo minha filha! -me abraçou-
- Feliz ano novo -sorri e ela pegou o Matheus no colo- Taí! -gritei abraçando ela, as duas choronas juntas- Mais um ano amiga!
- Mais um pra gente lutar e vencer juntas!
- Sempre! Feliz ano novo!
- Também quero! -Caio se juntou a nós, depois me abraçou até me erguer do chão- Feliz Ano Novo Mel
- Pra você também! -sorri e quando nos soltamos ele se aproximou selando nossos lábios. Poderia colocar a culpa nele, na minha euforia ou sei lá onde, mas se ano novo é vida nova, porque não começar por aí?! Então, tomei a iniciativa e o beijei, um beijo de verdade e só paramos quando alguém me cutucou, pela expressão do Caio eu já sabia quem era antes mesmo de me virar- Eric!
- Desculpa interromper -disse com aquele sorriso irônico- Feliz Ano Novo Mel -me abraçou apertando a mão em volta da minha cintura de propósito e mais uma vez se aproximou da minha nuca, mas em vez de falar alguma coisa, ele assoprou de leve e eu arrepiei-
- Mãe! -Matheus me cutucou e me soltei do Eric que estava sorrindo descaradamente- Me dá o telefone!
- Pra quê? -perguntei me abaixando para ficar do seu tamanho-
- Pra mim ligar pro meu pai!
- Mas lá ainda não é meia noite
- Mas aqui é, eu quero falar
- Ta bom.. -me dei por vencida e retirei meu celular do bolso entregando pra ele com o número já certo, puxei o Matheus para um lugar onde estava menos barulho e não tinha muita gente, sentamos em um banco e esperamos até o Neymar atender.
- Mel? -eu o escutei perguntar assim que atendeu, estava animado ou era impressão minha, Matheus continuou a conversa enquanto eu me trasportava pra um mundo paralelo. Só de escutar a voz dele meu coração acelerava, a saudade gritava mas a razão mandava tudo isso pra puta que pariu. Respirei fundo e voltei a realidade afim de deixar o passado realmente para trás e focar no futuro, olhei pro Matheus que sorria com os olhos brilhando, ele amava o Junior, independente da distância ou das dificuldades, ele via um herói atrás do jogador e um pai atrás daquele moleque. E eu só sabia ver o quão parecidos os dois são..
- Vocês vão jantar ainda? -Matheus perguntou indignado com os olhos arregalados- Aqui a gente já viu até os fogos -esperou o Neymar responder e soltou uma gargalhada- minha mãe vai sair depois com os amigos dela -olhei pro Matheus fazendo sinal de silêncio com a mão e ele tampou a boca- Ta bom, tchau papai! beijo -despediu e colocou o celular na minha orelha antes que eu pudesse protestar-
- Alô? -ele disse do outro lado da linha- Mel? 
- Oi -minha voz saiu num sussurro e eu me repreendi por isso-
- Tudo bem?
- Tudo e você?
- To bem -ficamos em silêncio, eu não sabia se desligava o telefone ou se falava tchau-
- Hum, Feliz Ano novo!
- Obrigado -ele riu daquele jeito sem graça e eu sorri igual uma idiota- Pra você também! -ri do mesmo jeito- Eu.. queria falar com você, mas agora não é uma boa hora
- Não, pode falar -disse curiosa-
- Eu ligo outro dia -bufei, odeio quando as pessoas fazem isso-
- É sobre alguma coisa importante? -insisti- 
- Mais ou menos, mas depois a gente conversa -revirei os olhos-
- Ah, tudo bem -tudo bem o caramba, eu queria é quebrar esse telefone mas se eu quebrasse não saberia nunca o que ele tem pra falar-
- Vou te deixar curiosa só pra ter certeza de que você vai me atender -riu, uma voz no fundo chamou ele- Tenho que desligar -se apressou- 
- Ta, até depois
- Tchau Melissa.. Até! Boa balada -e desligou-


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Olha quem postou.. Euzinha haha'
Já já faz um mês de novo, mds..
Enfim.. To morrendo de sono e não vou ficar enrolando
Desculpem a demora mas ta aí, mais um recheado de mistério..
Espero que tenham gostado, fiz um capítulo beeem grande e cheio de coisinhas pra história começar a pegar fogo..
Prevejo forninhos caindo kk'
Digam Oi ao nosso personagem novo, super gato, gostaram dele? haha'
O que foi esse fim de ano hen?! Foi difícil resumir em um cap 
Comente bastante, me ajudem a divulgar gentee, por favor. Isso me ajuda bastante
Opinem!
E até o próximo.. ;)

Queila: Minha gata, cada cap ta mais foda que o outro kk' beijoos
Juliana: Eitaa Juu kk' Rafa vai dar trabalho ainda kkk' beijos
Sara: Pode deixar, to tentando postar rápido mas ta puxado :( beijoos gata
Bru: Pra ontem kkk' Um mês depois.. Obrigado linda beijoos
Lavinia: Segura esses forninhos que já estão quase no chão! Brigas vão rolar haha' beijos
Na: Morre não gata, tem muito mais ainda kkkk' bjoos
Fran: Sobre você ter sumido: Vou te matar se fizer de novo kkk' Tive que mudar a classificação porque tinha gente denunciando, povo recocados! ffs E.. Faça sim, e leia tudo mulher kk' beijos gata, tava com sdd, não some!


Pra quem é curiosa igual euzinha aqui, pra escrever esse capitulo fiz algumas pesquisas das tradições na Espanha, que é bem diferente daqui, o que me deixou espantada foi aqueles Caganers, gente que negócio estranho, até do Ney tem, eu achei muito diferente isso e tive que ponhar aqui. Eu vou deixar abaixo, alguns sites que eu usei para a pesquisa caso alguém queira ler mais sobre o assunto, e quem tiver mais informações podem me mandar, ou aqui ou no meu e-mail.
j.e.s.s.i.c.a.sfc@hotmai.com

Fontes:
Culinária
Tradições da passagem de Ano
Tudo de Natal
Ano Novo, Barcelona